Monitor da Rota 1 (Chapada Gaúcha) e da Rota 3 (Cônego Marinho)
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Pedro Henrique Freitas de Oliveira
(Acadêmico da UFMG,
campus Montes Claros)
Participou da ROTA 03 – Julho/2011
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Ser Universitário Cidadão é aprender a cada minuto
Passei alguns dias pensando como colocar 15 dias vividos tão intensamente, como descrever tantas experiências boas, ou como relatar vários acontecimentos em 20 ou 30 linhas. Decidi então escrever apenas aquilo que me emocionou e ainda está presente no meu coração.
Em uma de suas mais belas músicas, Chitãozinho e Xororó cita que “viajar é preciso é preciso, com a carroceria sobre as costas”. Essa música retrata um pouco do que é ser um Universitário Cidadão, onde é necessário viajar, levando nas carrocerias todo o conhecimento e aprendizado adquirido na academia, disposto a viver novas experiências e aprender o verdadeiro sentido da universidade, o retorno a comunidade.
Viajei com muita vontade de ajudar, de ser útil, de poder contribuir para a melhoria das comunidades visitadas. Entretanto, viajei na certeza de que seria uma experiência de mão dupla, pois levaria a teoria passada pelos meus Mestres às comunidades e retornaria com o verdadeiro conhecimento, o aprendido na prática.
“Oh, Minas Gerias, quem te conhece não esquece jamais... Oh, Minas Gerais”. Sabias palavras do José Duduca Morais que descreve o meu sentimento neste momento, depois de conhecer o Seu Zé da laranja, homem simples e um verdadeiro mineiro em sua essência, da comunidade São João do Vacaria. O menino “Costinha”, carinhosamente chamado de “Mascote da ROTA 3”, que nos presenteou com sua presença e companheirismo em todos os momentos na cidade de Rubelita. Ou ainda o Zé Pedro, secretário como função, mas um verdadeiro entusiasta como pessoa. Portanto, depois de viver maravilhosos momentos iguais a estes e como um bom Mineiro, só tenho a dizer “eita Minas Gerais, viu!?”
Foram tantas as comunidades e povoados visitados, as estradas percorridas, as amizades consolidadas, os trabalhos realizados, os conhecimentos passados e recebidos que me sinto muito realizado como pessoa, mas ainda não satisfeito, pois devo e posso dar retorno a nossa sociedade.
Mas, antes de terminar, é necessário agradecer. Muito obrigado ao Governo do Estado de Minas Gerais e especialmente à Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, pela iniciativa e realização deste projeto grandioso e que em sua primeira edição já colhe resultados significativos.
Monitor da Rota 2 (Cristália) e da Rota 4 (Guaraciama)
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Laura Aparecida Gomes Oliveira -
(Acadêmica da Faculdade Pitágoras)
Participou da ROTA 01 – Julho/2011
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Construindo um saber cidadão: explorando
as opulências da pobreza
Quem foi que disse que as teorias explicam tudo? O que seria do conteúdo teórico se não fossem os testes e re-testes, as análises minuciosas, a observação prática e o risco do erro na tentativa de acerto? Assim surgem teorizações: de experimentos inicialmente questionáveis, mas que podem resultar em algo surpreendente, lógico e aplicável.
Mais do que testar conhecimentos e repassar o pouco que aprendemos nas universidades por meio de teorias diversas, das filosofias complexas e das metodologias inexoráveis, aprendemos a apreender a riqueza dos saberes populares, passamos a compreender a importância das crenças, contos, lendas e causos regionais na constituição da identidade norte-mineira, caracterizada pela luta mesmo diante dos atravessamentos advindos da sofreguidão suscitada pela inópia.
Fornecer ao universitário a oportunidade de construir um saber interdisciplinar no contato direto com as populações em estado de vulnerabilidade e risco capacita-o no exercício da cidadania e na humanização visto que a realidade prática aprovisiona-o da capacidade de tornar visível possibilidades de mudança àqueles que se encontram cegos pelo sofrimento e descrentes da força que possuem enquanto sujeitos potenciais de transformação no combate à pobreza.
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